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Câmeras digitais compactas renascem pelas mãos da Geração Z

Equipamentos que pareciam aposentados pelo avanço dos smartphones voltaram a gerar movimento no comércio do Centro de São Paulo. As câmeras digitais compactas dos anos 2000, como os clássicos modelos Sony Cyber-Shot, ressurgiram como item de desejo entre jovens da Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) e consumidores interessados em estética retrô.

Em um tempo em que tudo parece milimetricamente editado, a Geração Z está resgatando um visual mais cru e real. São fotos com foco imperfeito, luz estourada, granulação aparente e um ar caseiro — quase como se tivessem sido feitas sem pensar duas vezes.

Isso tem impulsionado um nicho que cresce no embalo da nostalgia e da economia circular. Em lojas especializadas na região da Santa Ifigênia, Rua 7 de Abril, Rua do Seminário e arredores da 25 de Março, modelos antigos voltaram a dividir prateleiras com câmeras de última geração — e estão vendendo rápido mesmo com preços altos.

A tendência, que começou com influenciadores e criadores de conteúdo nas redes sociais, ganhou força no fim de 2023 e início de 2024.

Dados do marketplace Octoshop apontam que as vendas das câmeras digitais portáteis cresceram incríveis 1.456% entre novembro de 2024 e maio de 2025, movimentando mais de R$ 89 mil no período.

Para Ricardo Steffen, diretor de crescimento da Octoshop, a Geração Z está reinventando os códigos visuais da internet. “Não se trata apenas de estética: eles buscam narrativa, significado e uma conexão mais honesta com o conteúdo.”

Na OLX e no Enjoei, anúncios de câmeras digitais também cresceram. Em uma busca no Enjoei, por exemplo, há inúmeros anúncios desses equipamentos com valor médio de R$ 450, mas que pode chegar a R$ 1.200, dependendo do estado de conservação.

Um dado curioso é que é possível encontrar essas câmeras quebradas à venda apenas para decoração, com valores entre R$ 12 e R$ 60.